Quase tudo sobre Na Terra dos Heréos

Pois então, faz umas semanas que estou divulgando o livro Na Terra dos Heréos, do campista Waldir de Carvalho, e a revista em quadrinhos que vai sair encartada no jornal O Diário amanhã, que é baseada na obra do escritor.

A revista está impressa, fui ontem na gráfica e vi as primeiras páginas prontas. Vai para as bancas amanhã, dia 20 de janeiro, bem cedo. A publicação terá 32 páginas, e apenas duas histórias. Será uma leitura rápida, mas espero que seja bastante divertida. Não esperem um livro de 800 páginas e algo que você vai ler em três dias, é uma leitura rápida, mas espero que você aprecie bastante os desenhos e todas as referências que estão lá. Coloquei algumas referencias da cultura pop, alguns trocadilhos e, sobretudo, respeitei a obra do autor. Cerca de 98% do texto está exatamente como no livro. Apenas editei e adaptei algumas partes por conta da linguagem que é realmente diferente. Como eu tinha um limite de páginas, optei por duas histórias curtas retiradas de dois dos três volumes de Na Terra dos Heréos. Esse é o primeiro passo para novas publicações e para que o mercado editorial em Campos entenda, finalmente, que investir nos quadrinhos é uma boa opção.

Os desenhos foram feitos por Glauco Torres, e eu fiquei responsável pelos roteiros e pela adaptação, além de ter tomado conta do projeto gráfico e da diagramação/editoração eletrônica.

É sempre bom lembrar que apesar de todo o tempo que dedicamos a esse projeto, não ganhamos nenhum “extra” e nem vamos ter dividendos com a venda dos jornais. Embora eu seja responsável pelos projetos especiais do jornal (revistas, tablóides e etc) e ganhe por isso, esse foi um trabalho feito “no amor” e dadas as circunstâncias e a importância do projeto, não vejo nenhum problema nisso.

Também é bom lembrar que não deixamos de trabalhar para fazer essa revista. Não ficamos “à disposição” do projeto. Eu e Glauco continuamos tendo as mesmas obrigações, não só no jornal, mas em todas as nossas outras (poucas) atividades paralelas. Isso não é uma reclamação ou um desabafo, é só um esclarecimento para que todos entendam como nasceu a publicação e com as coisas funcionam.

Outro ponto que deve ser ressaltado foi a boa vontade das pessoas que abraçaram essa obra e acreditaram no nosso sonho. Quando contei sobre o projeto para o diretor de operações, o diretor de redação e a editora de cultura do jornal O Diário, os três ficaram me olhando tentando imaginar o que eu queria dizer e fazer. Acreditaram no meu trabalho, aprovaram o projeto e me mandaram “colocar a mão na massa” sem ver uma linha sequer. Não tinha nem um círculo desenhado, e todos já acreditavam que o projeto ia ser algo legal. Isso é ago que deve ser sempre exaltado. Embora esta seja uma obra autoral, é um produto do jornal O Diário. Pois é, sou grato a todos que me deram a oportunidade. Pois cada página impressa custa caro. Tinta, mão de obra, papel... e eu tenho a exata noção disso tudo.

Também tenho que agradecer (e muito) a filha do escritor Waldir de Carvalho. Walnize de Carvalho me recebeu em sua casa e foi de uma generosidade incrível. Ela abraçou a causa, me emprestou dezenas de livros e foi solícita o tempo todo, foi de uma paciência incrível. Fiquei muito feliz com a recepção e com o apoio.

Agora, com o trabalho concluído, vejo que a idéia de homenagear Waldir de Carvalho não poderia ser mais acertada, pois lendo e relendo os livros dele, é difícil encontrar outro autor de Campos que tenha contado de forma tão simples e com uma linguagem tão popular as coisas da nossa terra.

O dia está chegando e quero agradecer a todos que participaram de alguma forma desse processo e dizer que estamos caminhando. Estamos apenas começando. Outros projetos de quadrinhos virão de uma forma ou de outra e estamos muito orgulhosos desse primeiro trabalho.

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