As edições antigas, bem antigas, históricas, costumam não valer muito dinheiro aqui no Brasil, e geralmente, podem ser encontradas carcomidas nos sebos e bancas de jornais pelo país. Essas edições deveriam ser tratadas com mais carinho e valer bem mais que dez reais.
Vasculhando as revistas que estão na casa da minha mãe (minha coleção não cabe só na minha casa) eu encontrei o primeiro número da revista do Homem-Aranha publicada pela editora Abril, lá em mil novecentos e guaraná de rolha. Essa que está ai na ilustração. Pois é, comprei essa revista na banca que ficava no muro da estação ferroviária, em Campos, banca que já não existe mais.
O Homem-Aranha ganhava sua revista própria depois de ser publicado pela Rio Gráfica Editora e Bloch. Bom, o mais legal é que essa edição foi tratada como um marco pela editora (e era mesmo) e estava cercada de cuidados e de brindes para os novos leitores, afinal de contas era uma revista do Homem-Aranha! E os leitores quase rasgavam a roupa pra comprar. Eu colecionei até onde deu. Mas esse número eu comprei. Até que era bem fraquinho, a história do Cavaleiro da Lua era melhor que a do Aranha, mas saber que uma revista do Amigão da Vizinhança apareceria todos os meses nas bancas já era um alento.
Pois é, as pessoas que possuem essa edição em casa, ou qualquer outra revista importante em formatinho, deveria tratar essas publicações com mais carinho. Talvez, o fato de ser relativamente fácil conseguir as publicações originais (pela internet), as edições americanas, e também com as republicações da Panini, tenham desvalorizado um pouco os formatinhos da Abril, RGE e Bloch, mas isso não importa para o bom colecionador. Importa? Pra mim não. A minha revista do Homem-Aranha #1 da Editora Abril de 1983, não tem preço. Afinal, maior que a grana que ela vale (ou não vale?!) fica o valor sentimental. As moedas que juntei pra comprar e a emoção de ler e guardar na minha velha estante o primeiro número do Homem-Aranha.
1 comentários :
Saudações Cássio, bacana conhecer um pouco dos seus quadrinhos, realmente algumas edições (sobretudo por questões sentimentais, pelo trabalho que deu adquiri-las) têm um valor incalculável.
Não sei se já comentei mas ao longo do tempo minha coleção de quadrinhos e vinil foram sendo 'surrupiadas'... é um lance chato isso... sobraram poucas da adolescência. Felizmente, ano passado, um amigo presenteou-me com uma caixa de gibis, foi um presente super bacana!
Abraços, saúde e paz
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