Começando do começo
A expectativa pela chegada de Moon e Bá em Campos para a 6ª Bienal do Livro.
A cidade jamais havia recebido quadrinistas como eles. Que me desculpem os fãs do Ziraldo, que já esteve em Campos várias vezes, mas não acho que o criador da Turma do Pererê faça quadrinhos. O que o homem produz é uma espécie de derivado dos quadrinhos. O trabalho de Ziraldo está, na minha opinião, bem mais próximo da literatura infantil. Moon e Bá são os legítimos representantes de uma geração que vive de quadrinhos autorais, que flertaram com os super-heróis, adotaram um estilo próprio e hoje são quadrinistas consagrados no Brasil, e mais ainda fora de nossas terras tupiniquins.
Os irmãos chegaram a Campos um dia antes do evento. Esbarrei com o Fábio Moon no meio da Bienal na segunda-feira. Me coloquei à disposição da dupla e fui preparar o dia seguinte. Tratei de me movimentar para encher a Arena Cultural, local na Bienal onde aconteceria o bate papo. A Arena não encheu, acontecendo o que eu temia. E para piorar crianças de escolas municipais, do ensino fundamental invadiram a Arena. Todos assistindo Gabriel Bá falando sobre Umbrella Academy.
Moon e Bá falaram de toda a carreira. Apresentaram o trabalho, o site - 10 paezinhos -, e ainda deram dicas valiosas para quadrinistas em incício de carreira. Por sorte, muita gente interessada em quadrinhos e amantes da nona arte estiveram na Arena e encheram os gêmeos de perguntas, todas inteligentes, felizmente.
A passagem de Fábio Moon e Gabriel Bá pela Bienal não só abrilhantou ainda mais o evento, como mostrou a sensibilidade da produção e da Fundação Cultural Jornalista Osvaldo Lima para com o tema. Fico feliz que o evento tenha podido dedicar um dia para os quadrinhos.
Fotos: César Ferreira |
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