A apresentação das tirinhas mereceu uma chamada de capa, onde o Herói ganhou algum destaque. A figura do Herói estampada na capa de um jornal diário, de grande circulação em todo o Norte e Noroeste Fluminense, por si só, já era uma vitória.
A matéria com os quatro ilustradores ganhou a capa e mais um desdobramento na página seguinte. A matéria contava um pouco sobre a vida de cada artista e como haviam chegado até ali. Não ganhávamos remuneração alguma pelos desenhos publicados, e eu sabia que as tirinhas um dia sairiam de cena, tão logo precisassem do espaço ou encontrassem um outro editor menos paciente com os meus atrasos e o dos outros artistas.
Além desse pobre quadrinista que vos fala, também desenharam nessa primeira fase: Glauco Torres, Adriano Ferraiuoli e Beralto, na época eu ainda não sabia que nome usar, então assinava apenas Peixoto. Formando em Direito e postulante a uma vaga na Faculdade de Jornalismo, ainda não tinha ideia de onde poderia ir com as tirinhas ou com o projeto dos quadrinhos. As publicações, embora muito amadoras e muito toscas em alguns casos serviram para quebrar o tabu e fazer história. Finalmente os artistas de Campos tinham onde publicar suas tirinhas. E eu poderia fazer de conta que desenhava super heróis.
Dá uma olhada nas reportagens de estreia das tirnhas e veja como estou à vontade no papel de popstar. Um milhão de vezes mais magro e com um milhão de ideias na cabeça. A matéria foi escrita pela repórter Débora Batista. Não leia, eu não gostei e não acho que tenha ficado boa. A editora de cultura na ocasião eu não me lembro quem foi, mas tenho três opções: Sofia Vecce, Ana Ruth Manhães e Angélica Vellemen, foi uma dessas três.
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