15 de agosto de 2009

Warner e DC Comics perderam o Superman


A notícia caiu como uma bomba na cabeça das todas poderosas Warner Bros. e DC Comics, mas é verdade. Segundo a revista Variety a família do roteirista Jerry Siegel ganhou mais uma batalha judicial contra a DC Comics e a Warner Bros. Siegel, que morreu em 1996, é autor das primeiras edições e criador dos conceitos básicos do Super-Homem, ou Superman. Agora sua família tem total controle sobre as premissas do personagem. Ou seja, tudo que foi criado para o Super-Homem durante as primeiras edições publicadas com o herói, em 1938, são agora propriedade dos herdeiros de Siegel.
Isso significa que os Siegels controlam todas as descrições da origem do Super-Homem no planeta Krypton, seus pais verdadeiros, Jor-El e Lara, a figura do personagem ainda criança e a chegada dele na Terra em uma cápsula. Em 2008, a família já havia adquirido os direitos do uniforme do Super-Homem, do seu alter-ego Clark Kent, da jornalista Lois Lane, todo o cenário de trabalho no jornal Daily Planet e do "triângulo amoroso" entre o Super-Homem, Lois e Clark Kent.
A DC Comics, editora que publica o personagem, tem propriedade de alguns elementos dos arcos de histórias, tais como a habilidade do Super-Homem em voar, a palavra Kriptonita e os personagens de Lex Luthor e Jimmy Olsen.
Com a nova decisão judicial a DC e a Warner Bros. só poderão produzir um novo filme com o personagem a partir de 2011, em acordo com a família Siegel.
Siegel, ao lado do desenhista Joseph Shuster (que não teve esposa ou filhos), criou o personagem no fim dos anos 30 para a revista Action Comics e venderam todos os direitos de sua criação pela quantia de 130 dólares.
Em 1947 a dupla entrou na justiça exigindo os direitos sobre Super-Homem e Superboy. Na época, a decisão judicial entendeu que os personagens haviam sido produzidos sob encomenda e, portanto, não poderiam ser propriedade de seus autores.
Em 1976 a lei dos direitos autorais foi alterada nos EUA. E a nova emenda previa que o criador poderia reaver sua criação ao fim do período obrigatório de renovação. Foi a partir dessa brecha que, em 1999, a família de Siegel deu entrada no processo de reaver os direitos do personagem.

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