5 de dezembro de 2008

Quem vigia a Polícia?

Minha mãe, Euzy Peixoto, foi vítima de um assalto na última quinta-feira. Um assaltante entrou na minha casa enquanto minha mãe dormia com a minha afilhada de quatro anos em seu quarto. As duas moram sozinhas em uma casa na Rua Barão de Miracema, mesma rua em que está plantada a Delegacia Legal do Centro. O meliante roubou dinheiro e um celular. O celular ele deixou no bar que fica ao lado da casa de minha mãe. Bar que ele também assaltou.
Minha mãe, que tem 62 anos, foi até a delegacia prestar queixa e apanhar o seu celular, que acabou virando uma “prova de crime”. Pois bem, como se não bastasse ter sofrido o assalto e ter corrido risco de vida, já que não sabemos que tipo de meliante invadiu a casa dela enquanto elas dormiam, ela ainda foi obrigada a passar duas horas e meia na Delegacia Legal do Centro, esperando o atendimento. É bom lembrar que estamos falando de uma senhora de 62 anos e de uma criança de quatro.
Todos os “costas quentes” e que possuíam algum conhecimento passavam a frente dela, o que se via eram, detetives, inspetores ou seja lá o que eles forem, sentados conversando, trocando de cadeira, escrevendo, fugindo do trabalho, ou andando pra lá e para cá, como se estivessem realmente fazendo alguma coisa.
Ela só foi atendida quando eu disse que eu denunciaria para a imprensa a maneira como as pessoas são tratadas dento daquele pardieiro. Além de minha mãe que estava lá há duias horas, outras pessoas estavam, quatro, cinco, sete e um casal estava há 12 horas esperando atendimento.
Ao ser atendida, o detetive, inspetor, ou seja lá que apelido ele tenha, tratou-a muito mal. Não que ele seja obrigado a ser bonzinho, ou ter alguma benevolência, mas o mínimo que se pede de alguém que está lidando com uma pessoa fragilizada e vítima de um assalto é que ela seja atenciosa e pelo menos finja que se importa. Para piorar a situação, minha mãe foi assaltada duas vezes: a primeira, pelo ladrão que entrou em sua casa. A segunda pela polícia que não devolvei a ela o celular, alegando que a nota que ela levou não servia.
O celular em questão foi ganho por ela em uma promoção do jornal O Diário, o que ela possui é um recibo de doação e uma prova de que ela participou da promoção, já que as notas fiscais ficam no jornal. Como o celular foi adquirido em 2005, nem o jornal possui mais essas notas. Pois bem, mesmo provando que o celular era dela o inspetor, detetive ou sei lá o quê, não quis devolver.
Nós pagamos os salários dos Policiais Militares, que deveriam zelar pela nossa segurança, e não zelam; pagamos os salários dos Policiais Civis, que também não estão nem aí. O celular é uma merda de aparelho, que não vale 30 reais, já comprei outro e dei a ela, mas o tratamento dispensado a todas as pessoas, que são vítimas, e que precisam do serviço e do trabalho dessas autoridades precisa ser investigado e analisado.
Investidos de uma autoridade, que eu não sei de onde tiraram, eles fingem ser educados para disfarçar a arrogância e a prepotência. Fingem trabalhar demais para disfarçar o descaso pela população. Eles vigiam a população, mas quem os vigia?

2 comentários :

PRO BEACH VOLEI disse...

Cássio, é UMA VERGONHA! JÁ VIU ALGUM MELIANTE PRECISAR PROVAR ALGUMA COISA? E POLÍTICOS? É O FIM.

Cassio Peixoto disse...

detesto ter que falar dessas coisas, mas é incrível como somos reféns de um sistema falido