20 de junho de 2008

Clube da Esquina


A linguagem dos quadrinhos, com toda a sua versatilidade, sempre foi uma forma peculiar e artística, de retratar os fatos históricos e culturais.
Quase tudo que foi e é relevante para a cultura já foi mostrado, ou adaptado, para a linguagem dos quadrinhos - capaz de sintetizar em alguns traços emoções e experiências humanas com a eficácia e arte que lhe são próprias.
É por isso que embora a ignorância dos catedráticos de plantão ainda seja uma barreira, e ainda que a nona arte, como são conhecidos os quadrinhos, seja uma arte quase marginal, é com enorme prazer que nos deparamos com adaptações como esta:
As primeiras 15 histórias em quadrinhos que compõem o arco inicial da série Histórias do Clube da Esquina, adaptação do desenhista Laudo do livro "Os sonhos não envelhecem" do escritor e letrista Marcio Borges, parceiro de Milton Nascimento e um dos fundadores do Clube da Esquina, movimento musical do início dos anos 70, nascido em Minas Gerais.
Os quadrinhos, que têm roteiro e desenhos de Laudo e arte-final e cor de Omar Viñole, mostram o período da vida dos músicos mineiros, indo de meados dos anos 60 até os dias de hoje.
Nessas primeiras HQs, o leitor poderá conhecer histórias ligadas a algumas composições clássicas do grupo como "Travessia" de Milton Nascimento e Fernando Brant, "Trem Azul", de Lô Borges e Ronaldo Bastos, e "Manoel, o audaz", de Toninho Horta e Fernando Brant, ou ligadas à familiares dos músicos, como da dona Maricota, mãe de Lô e Marcio Borges e responsável pelo nome Clube da Esquina.
Você pode conferir as 15 histórias e outras que já foram publicadas no site: http://www.museudapessoa.net/clube/index.htm.
Os quadrinhos são publicados semanalmente, a partir das histórias relatadas no livro de Márcio Borges, que carrega o subtítulo de Histórias do Clube da Esquina.
Agora é esperar que os ignorantes e aquele que acreditam que os quadrinhos são apenas entretenimento infantil, consigam captar a mesma atmosfera do livro de Marcio Borges. Ou esperar que joguem pedras no trabalho ao invés de entender a proposta dos quadrinhos, como sempre fizeram.
Vale lembrar que um dos representantes do Clube da Esquina, Toninho Horta, canta hoje em Campos, nos jardins do Palácio da Cultura.

Fontes sempre confiáveis: Universo HQ e Museu da Pessoa

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