
A questão aqui é o Bandeiroso. Não tem como sacar que o Capitão América é um produto da arrogância e do ufanismo americano e nós, brasileiros, criatura do "Terceiro Mundo", abraçamos o Capitão América como se ele fosse o defensor natural de toda o continente americano, e ainda somos capazes de achar ridículo um herói com as cores da bandeira do Brasil.
O Capitão América foi criado no auge da Segunda Guerra Mundial, um personagem com objetivos bem definidos e que sempre foi um termômetro para o patriotismo dos norte-americanos. Mas com certeza o Capitão América é o que podemos chamar de personificação do ufanismo americano, e mesmo assim, adoramos o Bandeiroso, com suas estrelas e as listras.
Com o texto de Stan Lee e os traços de Jack Kirby devo confessar que fica fácil gostar do cara, eu mesmo gosto bastante do personagem. A ideia de um escudo ao invés de uma pistola convencional, alguém que usa um instrumento de defesa como uma arma, tudo isso é genial. A história de ser congelado, o primeiro vingador, tudo isso foi uma jogada de mestre que transformou o Capitão no personagem que conhecemos hoje.
Vá ao cinema, prestigie. O filme é bom e diferente da bosta que foi X-Men - First Class, o filme é bem fiel aos quadrinhos e está muito bem produzido. Mas quando estiver assistindo o longa, lembre-se de que: você não é americano; os yankes não gostam tanto assim de você; e que os gringos ainda acreditam que vivemos com índios, mulheres nuas e fantasiadas, cercados por macacos e elefantes na selva amazônica. Ufa!
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