Renato Aragão de novo em quadrinhos

Na esteira de um sucesso que sempre lhe foi familiar, Renato Aragão resolveu investir em revistas em quadrinhos. A primeira incursão do cearense no mundo das HQs foi em 1976 quando estreou com os seus amigos, Os Trapalhões.
Chegou às bancas na última semana a primeira edição do gibi mensal Didi & Lili - Geração Mangá, criado e editado por Franco de Rosa e lançado pela Edirora Escala. Apresentando quadrinhos em estilo japonês, a revista mostra as aventuras de uma versão jovem do trapalhão Didi, personagem de Renato, e de sua filha Lívian.
Histórias de humor, protagonizadas por Didi, e de romance, estreladas por Lili, farão parte da publicação.
Na estreia, três aventuras: O Príncipe do Shopping, O relógio do Contratempo e Os Vampiros do Crepúsculo, escritas por Debrah Demaris e desenhadas, respectivamente, por Ivan Rodrigues, Arthur Garcia (com arte-final de Antônio Lima) e Alexandra Mattos. Completando a equipe de produção, Wanderley Felipe (aplicação de retículas) e Daniel de Rosa (balonagem).
O problema desta nova aventura de Didi nos quadrinhos é que ela em nada se assemelha a extinta revista Os Trapalhões que foi publicada pela Editora Bloch. A revista foi uma das melhores revistas em quadrinhos já produzidas no Brasil. A revista era um produto à parte do universo da televisão, seguindo um caminho próprio que não dependia da imagem do programa (apesar de usar quadros como a Trapasuat, paródia do seriado S.W.A.T.) e que conquistou os públicos jovem e adulto. Por mais de uma década, o gibi permaneceu incólume diante de fatos significativos que aconteceram com o grupo humorístico, como a oscilação de índices de audiência do programa televisivo e a separação e reconciliação dos Trapalhões. 
Didi & Lili - Geração Mangá é mais uma tentativa de sustentar um sucesso que ainda existe, mas que não se compara aos áureos tempos de Dedé Santana, Mussum e Zacarias. As aventuras de Didi e de sua filha, simplesmente, não têm graça e por isso não funcionam.

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