MAD segue sem Ota
Depois de 34 anos dedicados à “MAD”, o humorista Otacílio d’Assunção, mais conhecido como Ota, deixou a revista no início de outubro. Insatisfeito com os rumos da publicação desde sua – quarta – volta às bancas em março deste ano, Ota diz que “chutou o balde” e agora promete levar a leilão sua coleção particular de revistas, bonecos e quinquicalharias para se “desligar espiritualmente da ‘MAD’”.
Ainda sem data definida, o leilão deve acontecer entre o final de novembro e o início de dezembro deste ano, no Espaço Rio Carioca (antigo Casas Casadas), em Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
Ota era responsável por cartuns, tirinhas e pela edição de centenas de números da revista no Brasil, Ota foi escalado para cuidar apenas da parte de conteúdo nacional da publicação em sua última encarnação – a que segue nas bancas editada pela Mythos/Panini. O material internacional, adaptado das edições americanas da revista, está a cargo do novo editor, Raphael Fernandes.
Ota afirma que foi o desentendimento com Fernandes que motivou sua saída. “O combinado não foi cumprido. Começaram a aparecer matérias ‘apócrifas’ que não passaram por mim. E que eu teria rejeitado por causa do mau gosto”, diz o humorista, citando especialmente um texto sobre imigração japonesa que considerou “preconceituoso”. “Nem sei como a Sociedade Protetora dos Japoneses não protestou. E se o cara acha que é ‘humor’ ir substituindo a palavra ‘japoneses’por ‘japorongos’, ‘japorebas’ ou coisas parecidas, é porque não tem noção do ridículo”, critica.
Ota desenhou tirinhas para o jornal O Diário durante alguns meses. Se quiser saber o que o editor, desenhista, cartunista e multimídia anda fazendo clique aqui e descubra.
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